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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Jesus nosso refúgio eterno

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“Forte alento tenhamos nós que já corremos para o refúgio, a fim de lançar mão da esperança proposta; a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 6:18-20).

Prévia da semana: Os levitas não só deveriam viver no meio de Israel para lembrar ao povo os dons espirituais de Deus para eles, mas suas cidades de refúgio deveriam ilustrar outras lições sobre a justiça e a mediação de Deus.

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Proteção garantida

O Departamento de Justiça americano oferece proteção por toda a vida para testemunhas cuja vida é posta em risco por causa de sua disposição para testemunhar em julgamento contra criminosos indiciados. Uma vez aceitas no programa de proteção à testemunha, as testemunhas protegidas são levadas, numa rota e num esquema de horários não planejados, para uma nova cidade de residência, onde lhes é dada uma nova identidade, nome, emprego, história e documentação. É como se seu passado nunca tivesse existido; essas pessoas agora agem como atores em sua própria nova vida.

A mais importante regra do programa é: “Jamais contate qualquer pessoa da cidade de onde veio, e nunca mais volte lá!” Uma coisa é mudar seu nome, mas nunca mais ver seus amigos ou familiares? Como seria o Natal se você não pudesse ter qualquer contato com seus antigos amigos ou familiares, ou voltar para casa? O website do Departamento de Justiça americano declara que “nenhum participante do programa que siga as regras de segurança jamais sofreu dano enquanto estava sob a proteção ativa do Departamento de Justiça”. Qualquer perda que eles tiveram ocorreu porque alguém voluntariamente saiu da segurança da proteção do Departamento de Justiça.

Isso não é tão diferente das “cidades de refúgio” sobre as quais lemos em Números 35. Após matar alguém acidentalmente, a pessoa podia buscar refúgio numa dessas cidades predeterminadas até seu julgamento. Se fosse verificado ser essa pessoa inocente, ela seria devolvida a essa cidade, onde lhe era garantida segurança de qualquer pessoa que desejasse vingar o sangue do indivíduo morto acidentalmente. Ela deveria permanecer ali até a morte do sumo sacerdote, quando então estava livre para voltar para casa sem medo de dano. Contudo, se ela saísse antes disso, o “vingador” da vítima poderia com direito tirar-lhe a vida. Permanecer na cidade significava segurança garantida; sair dela era sair dessa proteção e colocar novamente a vida em risco.

Você está escolhendo permanecer no programa de proteção espiritual que Deus nos oferece?
Está escolhendo seguir as diretrizes que Deus nos deu para nos proteger de alguém que espera por nós fora dessa área segura? Nesta semana examinaremos o programa divino de proteção para a terra prometida e sua relevância para nós hoje.

Mãos à Bíblia


1. Leia Números 33. Por que você acha que o Senhor pediu a Moisés que descrevesse “suas saídas, caminhada após caminhada”? Qual pode ter sido o propósito?

O Senhor queria que eles, e as gerações futuras, nunca se esquecessem de que, realmente, toda a história do povo hebreu a caminho no deserto era a história de Deus e Sua conduta com os pecadores no esforço de salvá-los e levá-los para a Terra Prometida.

2. Leia Números 33:50-56. -  Disse o SENHOR a Moisés, nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, na altura de Jericó: Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando houverdes passado o Jordão para a terra de Canaã, desapossareis de diante de vós todos os moradores da terra, destruireis todas as pedras com figura e também todas as suas imagens fundidas e deitareis abaixo todos os seus ídolos; tomareis a terra em possessão e nela habitareis, porque esta terra, eu vo-la dei para a possuirdes; herdareis a terra por sortes, segundo as vossas famílias; à tribo mais numerosa dareis herança maior; à pequena, herança menor. Onde lhe cair a sorte, esse lugar lhe pertencerá; herdareis segundo as tribos de vossos pais. Porém, se não desapossardes de diante de vós os moradores da terra, então, os que deixardes ficar ser-vos-ão como espinhos nos vossos olhos e como aguilhões nas vossas ilhargas e vos perturbarão na terra em que habitardes. E será que farei a vós outros como pensei fazer-lhes a eles.



Ponha de lado o contexto histórico imediato (e a inevitável e difícil questão que cria para nós), que importante princípio espiritual se acha nesses textos?

Chandler Riley
Laurel, EUA

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Separadas, só para o caso de alguém precisar

Os filhos de Israel estão às portas de entrar na terra prometida. Deus está cumprindo Sua Palavra. É dada a ordem para que sejam separadas cidades de refúgio para pessoas que tirarem a vida de alguém.

“Esta misericordiosa disposição tornou-se necessária por causa do antigo costume da vingança particular, pelo qual incumbia ao parente mais próximo, ou ao herdeiro imediato do morto, o castigo do assassínio. ... O Senhor não achou conveniente abolir este costume naquela ocasião; mas tomou providências para garantir a segurança dos que, acidentalmente, tirassem a vida” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 515).

Essas cidades não deviam ficar a mais de meio dia de viagem a pé, e estavam colocadas nos dois lados do Jordão para fácil acesso. As pessoas que fossem enviadas a uma cidade de refúgio tinham julgamento garantido. Essa era sua única esperança – seis cidades separadas, suficientemente perto, suficientemente seguras, só para o caso de alguém precisar.


O direito ao sangue (Nm 35:16-21). Quer o homicídio fosse intencional ou não, ainda era direito do parente buscar pena capital em favor do falecido. Deus permitiu isso, e alguns talvez agissem com base em seu direito, mas também, pela sabedoria e misericórdia de Deus, foi separado um local de refúgio para aqueles que matassem alguém acidentalmente.

Se você conseguir chegar, pode entrar (Nm 35:22-28). As cidades de refúgio deviam receber a todos, dos cidadãos aos estrangeiros que moravam na terra e que não tinham papéis para provar quem eram. A única exigência era chegar em segurança aos portões de refúgio para expor seu caso. Você não tinha que provar quem era, ou de onde tinha vindo. Tudo o que importava era o propósito com o que o ato havia sido cometido, e se no julgamento a congregação constatasse a não-intenção, sua vida era poupada, e quando o sumo sacerdote morresse você poderia voltar a sua propriedade.

Que alívio para aqueles que haviam cometido um erro! Quão misericordioso da parte de Deus dizer que as cidades de refúgio estavam abertas aos estrangeiros entre eles! Isso quer dizer que eles tinham tanto valor e tanta necessidade de refúgio quanto um hebreu.

A vingança só era uma ameaça se você saísse dos limites seguros da cidade e uma vez mais tomasse sua vida em suas próprias mãos, pois fora da cidade as regras mudavam e você se colocava à mercê da vingança da família cujo ente querido você havia matado. Entre, e continue dentro – essa era a única garantia de vida.

“O prisioneiro que em qualquer ocasião saía da cidade de refúgio, era abandonado ao vingador do sangue. Assim o povo foi ensinado a aderir aos métodos que a sabedoria infinita indicava para a sua segurança” (Ibid., p. 517).

Da cidade de refúgio a Cristo, nosso Refúgio (Ef 2). As cidades de refúgio eram um microcosmo de Cristo, que é nosso refúgio e força. Só nEle podemos encontrar segurança, tanto no mundo quanto do mundo. “O mesmo Salvador misericordioso que designara aquelas cidades temporais de refúgio, proveu pelo derramamento de Seu próprio sangue aos transgressores da lei de Deus um retiro seguro, aonde podem eles fugir em busca de garantia contra a segunda morte. Nenhuma força pode tirar de Suas mãos as almas que a Ele recorrem em busca de perdão” (Ibid., p. 516, 517).

Lembro-me de brincar de pega-pega no quintal. O objetivo era não ser “pego” ou tocado pelo pegador. Sempre havia uma zona segura (o “pique”), um lugar em que, se você conseguisse chegar, não podia ser pego. Você tinha que ser inteligente, rápido, e chegar ao “pique” sem ser pego. Eu era inteligente e rápido, mas às vezes cometia erros ou me descuidava, e era pego, virando o pegador. Eu detestava não conseguir chegar ao “pique”.

As zonas seguras (“piques”) separadas para Israel não eram parte de uma brincadeira de criança. Eram necessárias para proteger pessoas que acidentalmente haviam cometido séria ofensa que requeria séria intervenção.

Precisamos de uma séria intervenção hoje. “Naquele tempo vocês estavam separados de Cristo; eram estrangeiros e não pertenciam ao povo escolhido de Deus. Não tinham parte nas Suas alianças, que eram baseadas nas promessas de Deus para o Seu povo. E neste mundo viviam sem esperança e sem Deus. Mas agora, unidos com Cristo Jesus, vocês, que estavam longe de Deus, foram trazidos para perto dEle pela morte de Cristo na cruz” (Ef 2:12, 13).

É em Cristo que encontramos nosso refúgio. A realidade é que alguém tinha que pagar, e foi Cristo, através da cruz. Ele sofreu. Ele morreu. E Ele derramou Seu sangue para que pudéssemos estar seguros nEle. Agora precisamos permanecer dentro dos braços (muros) de Cristo, pois temos um inimigo que ainda está à espreita fora dos portões. Refugie-se nAquele que aceita a todos e protege a todos os que buscam Seu perdão.

Mãos à Bíblia


3. Que provisão foi tomada em favor dos levitas? O que isso nos ensina sobre o modo de vida que os levitas deveriam ter?

Nm 35:1-8  -  Disse mais o SENHOR a Moisés, nas campinas de Moabe, junto ao Jordão, na altura de Jericó: Dá ordem aos filhos de Israel que, da herança da sua possessão, dêem cidades aos levitas, em que habitem; e também, em torno delas, dareis aos levitas arredores para o seu gado. Terão eles estas cidades para habitá-las; porém os seus arredores serão para o gado, para os rebanhos e para todos os seus animais. Os arredores das cidades que dareis aos levitas, desde o muro da cidade para fora, serão de mil côvados em redor. Fora da cidade, do lado oriental, medireis dois mil côvados; do lado sul, dois mil côvados; do lado ocidental, dois mil côvados e do lado norte, dois mil côvados, ficando a cidade no meio; estes lhes serão os arredores das cidades. Das cidades, pois, que dareis aos levitas, seis haverá de refúgio, as quais dareis para que, nelas, se acolha o homicida; além destas, lhes dareis quarenta e duas cidades. Todas as cidades que dareis aos levitas serão quarenta e oito cidades, juntamente com os seus arredores. Quanto às cidades que derdes da herança dos filhos de Israel, se for numerosa a tribo, tomareis muitas; se for pequena, tomareis poucas; cada um dará das suas cidades aos levitas, na proporção da herança que lhe tocar.




Eles deveriam viver no meio do povo, talvez como lembrança da fidelidade de seus pais durante a adoração do bezerro de ouro. Em consequência, em seus encargos sagrados, eles podiam ser testemunhas constantes para o povo do que significam fidelidade e santidade.

Baron Anthony Sovory
San Bernardino, EUA

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